Retrômobilismo#84: Fiat recebeu o prêmio de lançar um bom sucessor para o Oggi - Fiat Prêmio!


Nascido para substituir o "natimorto" Oggi, o Fiat Prêmio foi lançado em Abril de 1985, como um alternativa da Fiat no segmento de Sedãs Compactos, que na época tinha Volkswagen Voyage como líder. Com o mesmo design consagrado do Uno, o Prêmio tinha o típico "design dos anos 80", que diferentemente do Chevrolet Chevette, era mais moderno e mais espaçoso. Seu porta-malas que o diga: 530 litros de espaço, algo que a maioria dos modelos atualmente sequer possuem. O motor do Prêmio era o 1.5, que usava carburador de corpo duplo que desenvolvia 71,4cv de potência com gasolina e 71,4cv de potência com álcool, que atingia 155km/h. Em ambos os casos o torque era de 12,3kgfm. Com esse motor ele ia de 0 a 100km/h em 15,9 segundos. Diferentemente do 1.5 do Uno, o motor do Prêmio era produzido na Argentina, da Sevel, feito em parceria com a Peugeot. O Prêmio inovava ao trazer computador de bordo como opcional, colocado no lugar do conta-giros.Em seu lançamento o Prêmio era lançado em versão única, a CS.


Poucos meses depois, porém ainda em 1985, era lançado o Prêmio S. A versão mais simples, poderia ter câmbio de 4 ou 5 marchas, além de contar com o motor 1.3 de 59cv e torque de 10kgfm. Em 1986, a versão CS ficava mais leve, e o desempenho e o consumo melhoravam. Mesmo com o certo preconceito dos consumidores brasileiros da época, a Fiat lançava no início de 1987 o Prêmio de 4 portas, a versão topo de linha do sedã, a CSL, que traziam maçanetas salientes e o vidro traseiro, que descia até a metade do vidro, devido ao formato e a espessura das portas, que eram as mesmas que equipavam o Uno italiano. No ano seguinte, em 1988, o Prêmio ganha ajustes na sua motorização. O 1.5 argentino ganhava aumento de potência, que chegava a 82cv de potência e torque de 12,8kgfm, tanto quando movido a gasolina como com álcool. A versão CSL disponibilizava de itens como travamento central elétrico, além de ar-condicionado e check control, porém todos opcionais. No exterior, o destaque ficava por conta dos frisos plásticos, lanternas fumê com friso que as integrava. No interior, o destaque ficava por conta dos revestimento aveludado nos bancos e encostos de cabeça vazados.





Ainda em 1988, o Prêmio começava a ser exportado para a Europa com o nome Duna com bons resultados, principalmente na Itália, onde ele era vendido sobre a marca Fiat e logo em seguida com a marca Innocenti. Voltando ao Brasil, a versão CS recebia os mesmos upgrades no motor 1.5 oriundos da versão CSL. No mesmo ano ainda trazia suspensão com geometria revista para menor desgaste dos pneus, os retrovisores externos mais amplos e os bancos dianteiros ganhavam novo sistema de rebatimento, mais leve e prático. No início dos anos 90, em 1990 a Fiat lançava o motor 1.6 Sevel, que desenvolvia 84cv com gasolina e 88cv com álcool, com torque de 13,7kgfm de força, substituindo o motor 1.5. Com esse motor ele ia de 0 a 100km/h em 12,2 segundos. Em 1991 chegavam mais mudanças: 2 tensores faziam a tarefa de manter a posição das rodas em acelerações, antes um encargo do estabilizador. Até então, ao sair forte, as rodas assumiram posições indesejadas, o que prejudicava a transmissão de potência. No mesmo ano o Prêmio ganhavam uma nova dianteira em, chamada de "frente baixa", devido aos faróis e grade mais afilados que o modelo de 1985.


Em 1992 a linha passa a adotar injeção eletrônica e em Junho de 1993 era lançado o motor 1.6 mpi, que trazia injeção multiponto e aumentava a potência para 92cv e 13kgfm de torque. Em 1994, a única mudança era a nova nomenclatura da versão CSL: SL, enquanto a versão de entrada seguia sendo chamada de CS. Sem grandes mudanças nos anos seguintes, em 1994 a versão duas portas do Prêmio dava adeus ao mercado brasileiro. No mesmo ano ele deixava de ser produzido no Brasil e chegou a ficar um tempo "fora do ar" no Brasil, o que derrubou suas vendas nesse meio tempo. Em 1995 ele voltava ao mercado sem nenhuma mudança mecânica e visual, mas trazia o nome Duna, que era muito conhecido entre italianos e argentinos, onde fez muito sucesso entre famílias e taxistas. Porém o "Duna", ex-Prêmio não esquentaria banco no Brasil. Isso porque com a nova família que a Fiat lançava na época, do Palio, era de se esperar que a Fiat também lançasse um sedã do novo hatch. Dito e feito: em 1996 o Duna deixava o mercado, sendo substituído em 1997 pelo Siena, que era vendido apenas com 4 portas, preconceito que o Prêmio combateu desde que foi lançado, em 1985. Segundo a Fiat, nesses 11 anos entre 1985 a 1996 foram vendidas pouco menos de 190.000 unidades do Prêmio/Duna.


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Fonte: Best Cars

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