Retrômobilismo#58: O magnetismo de um dos últimos Dodges, o Magnum!


Lançado em Outubro de 1978, o Dodge Magnum chegava num momento muito difícil dos modelos da marca Chrysler/Dodge no Brasil. Substituindo o cansado Dart Gran Coupé, que tinha saído de cena em 1975, o Magnum foi a resposta da Chrysler para tentar melhorar as fracas vendas dos seus modelos na época, na tentativa falha de conseguir êxodo no mercado. Chegou sendo a opção topo de linha da Chrysler do Brasil, ao lado do sedan LeBaron, seriam mais caros até mesmo que o conhecido Charger R/T. Tinha carroceria idêntica ao do Dart, mas as seções traseiras tinham peças de plástico com fibra de carbono, permitindo assim, a modificação de estilo com baixo custo.

Foto: Blog do Garboso 
Tinham como destaque visual, os 4 faróis dianteiros, para-lama traseiro com um sutil rabo-de-peixe, calotas cromadas de desenho bem clássico e um interior muito luxuoso. Tinha bancos bem acolchoados que lembravam poltronas, além de oferecer rádio com toca-fitas e antena elétrica. O Magnum tinha pneus radiais com medidas 185-14 como item de série, com moldura na cor da carroceria que ligava as colunas centrais de cada lado, como um dos seus destaques visuais. O motor é o mesmo dos demais V8 da linha, o 5.2 V8 mas que rendia 205cv de potência no Magnum e torque de 42kgfm de força, um dos melhores motores da época, tinha como novidades mecânicas (para a dupla novata Magnum e LeBaron) o novo radiador, tanque de combustível de 107 litros, bateria e alternador de maior capacidade e suspensão revisada, mais macia privilegiando o conforto.



Foto: Blog do Garboso
 O câmbio era manual de 4 velocidades ou automático de 3 velocidades, localizado na coluna de direção. Em 1979, vítima da segunda crise do petróleo, a Chrysler-Dodge passou a ser da Volkswagen. Em 1980 o Magnum recebia novidades como um recurso, como opcional: o teto solar com controle elétrico, com um comando por botão no painel, algo que se tornou o pioneiro com este item em nosso mercado na época. Nas versões mais luxuosas, o Magnum ganhava iluminação na chave e limpador do para-brisa com lavador elétrico. Porém o receio era grande, pois a crise assustava os consumidores, já que aos sábados e domingos os postos de gasolina em todo o Brasil fechavam, também em uma falha tentativa de "acalmar os ânimos" da população e reduzir ao máximo o consumo de combustível.


Com a crise, o preço da gasolina disparou, e nenhum carro era comprado sem antes ser no mínimo, econômico, algo que os V8 da Dodge não eram, nenhum um pouco, econômicos. Assim, ainda em 1980, a Dodge começava a se despedir de alguns de seus modelos como o Charger R/T e em 1981 o Dart e o Polara também se despediam do mercado. No mesmo ano, em 1981, também marcaria o fim de linha do Magnum e LeBaron. O coupé, Magnum, vendeu muito pouco no Brasil e é atualmente, o segundo Dodge mais raro do país, após ter emplacado apenas 2.246 unidades, uma média de 561 unidades nestes 4 anos. Seu ápice no mercado foi em 1979, quando emplacou 1.208 unidades, seguido de 1978 com 833 unidades, 1981 com 127 unidades e 1980, o ano mais fraco, com apenas 78 unidades emplacadas.

Foto: Quatro Rodas

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