Retrômobilismo#44: Conhecido como o "Volkswagen mais bonito do mundo", Volkswagen SP entrou para a história!


Como se esquecer daquele que foi um dos precursores da nossa indústria local? Sim, o esportivo da Volkswagen, o SP1 e o SP2 foram projetos 100% nacionais, mas com uma leve inspiração no Type 4. Com as importações fechadas, nosso mercado cada vez mais ficava sem esportivos, ficando apenas com Volkswagen Karmann-Ghia/TC, Pumas entre outros. Assim surgia o projeto SP, que daria origem à SP1 e SP2. Lançado em 1972, o SP tinha visual que chamava atenção pelo interior refinado, bom nível de acabamento e melhorias em relação aos demais modelos do mercado. Além disso, o SP tinha design bastante diferente e agressivo para os anos 70.


Com tanto foco no SP no Brasil que o modelo começou a aparecer em diversas revistas estrangeiras, que pediam a Volkswagen a importação do modelo e que ele fosse vendido em todo o mundo e foi por essas revistas que ele foi considerado o "Volkswagen mais bonito do mundo". Pena que o SP só tinha apelo visual. Isso porque o fraco motor 1600 refrigerado a ar rendia apenas 65cv de potência e não empolgava nenhum consumidor. Foi esse considerado o maior problema do SP1, que foi o primeiro modelo a ser lançado. Visto que suas potência não agradou os consumidores, pouco tempo depois a Volkswagen tirou o SP1 de linha e lançava o SP2, sem nenhuma mudança externa (tirando apenas os logos), tinha motor um pouco mais potente. Ganhava motor 1700 boxer refrigerado a ar que agora rendia 75cv de potência com o mesmo câmbio manual de 4 velocidades.


Esse novo motor ainda não era o suficiente, mas já ajudava a trazer a esportividade que os consumidores queriam. Assim suas vendas aumentaram um pouco. A velocidade máxima subia de 150km/h para 160km/h e ia de 0 à 100km/h em 17,4 segundos. Além do novo motor, o SP2 ganhava freios a disco na dianteira e suspensão recalibrada. No interior ganhava alguns itens a mais no painel e só. Assim, o SP2 e o SP1 ganharam apelido referente ao seu nome, que era chamado de "Sem Potência". Na verdade, a sigla "SP" sempre foi alvo de perguntas, como de onde a Volkswagen tinha tirado esse nome ao modelo. Surgiram algumas hipóteses, como ao nome da cidade São Paulo, além de Special Project e Sport Prototype eram umas das principais alternativas do nome SP.


Feito em aço, perdia muita potência perante até mesmo aos Pumas, que tinham carroceria de fibra de vidro, usavam o mesmo motor do SP1, o 1600 refrigerado a ar que rendia 65cv de potência. Mas seu visual era cativante. O interior, possuía bancos com assentos grandes, que acomodavam bem os dois ocupantes que o SP2 levava, além de ter apoios de cabeça reguláveis. O painel de instrumentos trazia itens nunca vistos em alguns modelos da época, como conta-giros, termômetro de óleo, amperímetro e relógio. O espaço interno era destaque do SP, que levava até 2 pessoas com bastante conforto e tinha capacidade para bagagens para levar até 205 litros na traseira e 140 litros na dianteira, totalizando 345 litros. O motor ficava na traseira, mas assim como a Variant, o SP1/SP2 poderia levar algumas bagagens logo acima do motor, já que tinha um espaço dividido entre o motor e o porta-malas.


Construído sobre a plataforma da Variant, a dupla SP1 e SP2 tinham boas dimensões. No comprimento, tinha 4,21m, altura de 1,15m sendo um dos carros mais baixos já produzidos no país, largura de 1,61m e entre-eixos de 2,40m, pesando 890kg. O destaque principal dos SPs era a frente longa e a traseira curta. Produzido em pequena escala, o preço do SP2 não era nada barato. Assim, a Puma continuava a reinar sozinha, já que em 1976 a Volkswagen acabou tirando de linha o SP2, chegando a produção de 10.207 SPs, sendo que apenas 88 unidades foram do SP1, se tornando um carro muito raro, assim como o SP2 que não vendeu muito nos 4 anos que estava em produção. Ainda foram exportadas 670 unidades para vários países, a maioria para a Europa.


Antes do SP2 sair de linha, a Volkswagen tentou solucionar o principal problema do SP, que era justamente a potência, que foi o projeto SP3. Seria basicamente um SP2, porém com um motor 1.8 dianteiro refrigerado a água com 100cv de potência e dupla carburação, motor oriundo do Passat TS. Embora na fábrica o projeto não tenha passado de maquete, um protótipo chegou a ser construído pela concessionária Volkswagen Dacon e trazia algumas mudanças em relação à SP1 e SP2 com nova dianteira e traseira, que ficava com visual ainda mais esportivo. Não entrou em produção porque precisava de um alto investimento necessário para produzi-lo, o que tornou o projeto inviável.


Volkswagen SP3

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