Retrômobilismo#18: Além do jipe, Bandeirante também tinha a picape!


A Toyota fixou suas raízes no Brasil em 1958, mas só em 1962 quando a linha Bandeirante começou a sua trajetória no Brasil. Fabrica em São Bernado do Campo a partir de Maio de 1962, a Bandeirante Picape foi a grande rival de Ford F100, Chevrolet Brasil e Willys F75, um segmento maior que o jipe Bandeirante. O modelo vinha com motor 3.4 Diesel com 4 cilindros que rendia 78cv a 3000rpm 4x4 de origem Mercedes-Benz. Levava até 3 ocupantes, e tinha variações de carroceria, como simples, simples alongada e cabine dupla. Em 1962 mesmo a picape chegava com caçamba curta. Já a cabine dupla surgiu em 1965. Em 1968 o Bandeirante Picape já era 100% nacionalizado com todas as peças podendo ser compradas pelo consumidor, o que titulou toda a sua carreira por ser robusto e com peças fáceis de achar.


Com as vendas dos modelos, em 1978 a Toyota no Brasil deixava de ter deficit. Em 1973 o modelo tinha algumas mudanças, como o novo motor 3.8 de 4 cilindros 4x4 que desenvolvia 85cv a 2800rpm, com o conhecido câmbio de 4 velocidades. Em 1981 o Bandeirante passava por um tapa no visual, a primeira desde o lançamento em 1962. Mudava apenas a grade dianteira do modelo, que passava a ser na cor preta. No mesmo ano o modelo passava a vir com câmbio de 4 velocidades e uma caixa de transferência com duas velocidades, como no Jeep, ou seja, o Bandeirante tinha 4 velocidades mais 4 velocidades da reduzida. Em 1985 o Bandeirante ganhava mudanças internas, com marcador de combustível, termômetro do motor, manômetro do óleo e voltímetro, todos no painel principal, com conta-giros e relógio do lado direito. A linha de acessórios da Toyota tinha "santantônio", quebra-mato, rodas largas, faróis auxiliares e cores mais alegres, em busca de um público jovem. Dois anos depois o sistema de freios era redimensionada, que era um ponto negativo, e a direção assistida era oferecida como equipamento opcional, para os que exigiam um certo conforto.


Já buscando uma nova fatia de consumidores, em 1989 a Toyota lançava a Bandeirante Picape chassi, que tinha caçamba de madeira, típico modelo que é ainda é encontrados nos modelos mais novos desse segmento. No mesmo ano chegava o chassi longo a caçamba longa, além da volta da cabine dupla, que não existia desde 1966. Em 1990 vinha mais leves mudanças visuais, as últimas da linha Bandeirante. Mudava novamente a grade dianteira que ficava mais atual, que saía a inscrição "Toyota" para a entrada do logo da marca, além de novos faróis e lanternas que vinha acompanhado do novo motor 4.0 Diesel também de origem Mercedes-Benz, de 4 cilindros 4x4, com potência de 90cv a 2800rpm. Motor que mudaria de novo em 1994, quando a Toyota passou a ofereceu seu próprio motor. Nesse mesmo ano, o modelo ganhava motor 3.7 de 4 cilindros Diesel 4x4 que rendia 96cv a 3400rpm, com torque de 24,4kgfm de força, que vinha com novo câmbio de 5 velocidades. A última mudança vinha em 1999, quando a Toyota ofereceu a cabine dupla com 4 portas.


Lançado junto do jipe, a Bandeirante picape também saía de linha em Novembro de 2001, ao vender em conjunto com o Bandeirante, 103.750, mas levando em consideração o modelo montado em CKD, foram totalizadas 104.621 unidades. O tamanho sucesso do jipe e da picape se deu graças a sua confiabilidade, resistência e robustez. Com 39 anos de produção nacional e 43 anos de mercado brasileiro, o Bandeirante marcou época em vários lugares, prestando serviços a empresas, Exército Brasileiro e outras forças armadas do Brasil. Pelo sucesso de sua robustez tem até um ditado: "Se fosse depender do Bandeirante, mecânicos estariam desempregados!". É uma bom exemplo sobre a linha Bandeirante.


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