Retrômobilismo#9: Saudoso Fusca, o sucesso de vendas dura até hoje!

Ícone, o saudoso Fusca foi um dos maiores sucesso do mundo, tendo até um dia do ano (Todo 20 de Janeiro) para comemorar e lembrar do saudoso Volkswagen. Bom, a história do Fusca é conturbada, e surge na Alemanha por meados da década de 40 à mando do líder político Adolf Hitlher. No Brasil, a história de glórias do Fusca começou em 11 de setembro de 1950, quando foram exportadas 30 unidades do Fusca e ficaram por lá para exposição e vendidas logo depois muito rapidamente. A fabricação local começou em 1951 pelo regime de CKD pela Brasmotor (e a partir 1953 pela própria Volkswagen do Brasil num galpão do bairro do Ipiranga, em São Paulo), mas só passou a ser oficialmente fabricado por aqui em 1959, com 54% da nacionalização de suas peças. As cores eram branco-cinza gelo, torna-se opcional outras padronagens monocromáticas: azul pastel, azul turquesa, verde berilo e bege havana. A janela traseira aumentou de tamanho e passou a ser retangular neste modelo.

Em 1961 o "1300" passou a ser fabricado com o câmbio sincronizado, que eliminava os famosos arranhões que a caixa de câmbio fazia. Em 1965 o modelo ganhava o teto solar, mas que no Brasil não vingou por ter ficado conhecido como carro de chifrudo. Já em 1967 o modelo ganhava a versão simples, que ficou conhecido como 1300 "Pé-de-boi" e em 1970 o Fusca 1300 ganhava cintos de seguranças e extintor de incêndio. O Fusca em 1954 usava o motor 1200cc que rendia 30CV e em 1958 passou a render 36CV. Em 1967 o 1200 era aposentado e entrava em cena o motor 1300cc que rendia 46CV, que era anunciado com um tigre ao lado e que durou até 1983. Em 1970, o Fusca ganhava um outro motor, o 1500 que o apelidou de Fuscão. Esse motor viveu com o 1300 e rendia 52CV de potência, que durou até 1975. Já em 1974 era a vez do besourão entrar em ação com o 1600S que rendia 65CV.

Entre as mudanças estéticas, o Fusca que fora lançado em 1953 tinha o vidro traseiro repartido ao meio, chamado em alguns lugares de Vidro-Bombom. Em 1962 ele ganhava uma nova lanterna bicolor. De 1953 à 1969 a única mudança mais aparente era o vidro traseiro, que mudava em 1959. As mudanças surgiram apenas em 1973, quando ele ganhava um visual mais moderno, com novos faróis de perfil reto, padronizado para atender a legislação quanto a altura do facho em relação ao solo. As janelas laterais basculantes e o sistema de ar quente passam a ser opcional. No Fuscão 1500, as grades do capô traseiro aumentam. Já em 1979 o modelo ganhava as lanternas que foram apelidadas de Fafá de Belém, e hoje é lembrado como Fusca Fafá para determinar o modelo.

Em 1984 a Volkswagen enfim colocava o "Volkswagen Sedan" como Volkswagen Fusca, que ficou conhecido assim até hoje, onde o que era um apelido virou nome oficial do "sedan". Em 1986 o Fusca saía de linha, onde a VW alegava que o Fusca era um modelo muito obsoleto, apesar de ser ainda um dos doze carros mais vendidos daquela época. Um dos motivos era a necessidade de abrir espaço em linha de montagem da fábrica de São Bernardo do Campo para o Santana e para o VW Fox (O nosso Voyage), a ser exportado para os EUA. Porém, em 1993 o presidente da república Itamar Franco a Volkswagen voltou a fabricar o Fusca depois do Itamar assinar a lei do carro popular, voltando a fabricar o Fusca, apenas com motor 1600cc, apesar da lei valer apenas para modelos 1000, mas que foi aceito porque tinha motor refrigerado a ar. Não vendeu o esperado porque nessa época já tinha modelos mais evoluídos como o Gol, Uno entre outros, sem falar que tinha acabamento espartano frente aos rivais, o que levou a Volkswagen a tirá-lo de linha em 1996.

Porém em 1998 era apresentada a nova geração do Fusca, chamada de New Beetle, que começou a fazer sucesso novamente, principalmente entre as mulheres porque tinha até um pequeno vaso de flor no painel. No Brasil o New Beetle foi lançado em 2007, quando o modelo sofreu mudanças estéticas e era fabricado em Puebla no México, de onde o antigo Fusca era vendido até 2003. Totalmente diferente do famoso besouro, o New Beetle vinha com motor 2.0 8V Flex do Golf, que rendia 120/116CV de potência, com opção de câmbio manual ou Triptronic, tendo algumas unidades do Cabriolet, que não vingou muito no país e durou até o final de 2011 no mundo e no Brasil. Com inovações como motor na dianteira e porta-malas na traseira, assim como todos os modelos, trouxe um ar de novidade ao velho besouro, dando uma nova auto-estima ao consagrado Sedan.

Em Outubro de 2011 o novo "New Beelte" ganhava as ruas. Ele foi apresentado no famoso programa da Oprah Winfrey, dando uma unidade do novo Beetle a cada um da platéia, no programa de natal. No Salão do Automóvel de 2012 o novo Beetle chegava ao Brasil. Assim como em vários outros países, a Volkswagen decidiu ressuscitar os nomes de sucesso do sedan. Por aqui ele ganhou novamente o nome Fusca, ficando totalmente diferente, mais másculo, tentando atrair o público masculino, é vendido no Brasil com motor 2.0 TSI que rende 211CV de potência e é vendido por R$85.900 no país.

Desde 1950 até 1986 foram vendidas mais de 3.500.000 de unidades do Fusca no Brasil, e de 1993 à 1996 foram cerca de 47.000 unidades a mais. Já do New Beetle foram cerca de 11.000 unidades entre 2007 até 2011. Já o novo Fusca vendeu desde 2012 até o mês de Maio 2.694 unidades, totalizando algo próximo das 3.570.000 unidades desde seu lançamento, isso só no Brasil. Até hoje o Fusca é um ícone, lembrado por muitos e sendo um dos carros mais conhecidos do mundo, principalmente no Brasil. Se você perguntar qual foi seu primeiro carro, mais da metade dirão que foi um Fusca. Fique abaixo com a foto das três gerações do Fusca no Brasil.