Retrômobilismo#10: Com 60 anos de mercado, Kombi deu adeus há pouco tempo e marcou época!


A Kombi foi um dos modelos mais duradouros do Brasil. Enquanto alguns carros ficam 4 anos a venda, a Kombi permaneceu por 60 anos, e olhe que ficou quase inalterada desde então, sendo um dos carros mais velhos do mundo, ao lado do indiano Ambassador. Na verdade, o nome Kombi vem de Kombinationsfahrzeug que quer dizer "veículo combinado" (ou "veículo multi-uso", em uma tradução mais livre). Lançada em 1950 na Alemanha, o modelo começou a ser exportado pra cá em 1953 e a partir do dia 02/09/1957 o modelo começou a ser produzida no Brasil. A Kombi durante toda a sua vida virou marco para várias coisas, mas o que ainda se lembramos até hoje, é que a van foi muito usada por hippies na década de 60 e 70, tanto lá fora, como aqui, no Brasil.


No Brasil, a Kombi teve várias tipos de carroceria. A mais emblemáticas delas, a Standard veio para o Brasil inicialmente com a designação Kombi, refletindo a natureza multiuso desta versão em particular, que poderia ser utilizada como veículo de carga (sem os bancos) ou de passageiros e famílias (com os bancos). Posteriormente o nome acabou servindo para designar toda a linha no Brasil. Além da Standard veio a Lotação (A conhecida Escolar), a picape em 1967, picape cabine dupla que vinha em 1982, entre outras.


As motorizações da Kombi mudaram de acordo com o tempo. Em 1953 até as primeiras unidades nacionais, o modelo vinha com motor 1.2 que rendia 30CV, o mesmo do Fusca. A versão com seis portas vinha em 1967, bem como o modelo pick-up, com motor ainda mais potente, 1.5, que rendia 52CV. A partir de 1975 a Kombi passava a ser oferecida com motor 1.6 que rendia 65CV, que durou até 2005 , mas em 1998 passava a ter injeção eletrônica. Mas foi em 2005 que a Kombi ganhou o motor 1.4 8V Flex que rendia 80/78CV de potência, que durou até sair de linha, no fim de 2013. E em 1981 vinha o motor Diesel, refrigerado a água e radiador dianteiro, motor Diesel 1,5l que equipava o Passat de exportação.


Na mudança visual, a Kombi quase não soube o que era isso. Fabricada em regime CKD desde 1953, em 1956 a Kombi ganhava uma nova lanterna,  em 1962 ganhava a lanterna traseira "oval" bicolor e vidro traseiro maior. Já em1963 ela adotava vidros curvos nas laterais traseira, em 1965 o para-lama traseiro com vinco e 10 aletas de refrigeração do motor curvadas para fora. Em 1976 o modelo ganhava novos faróis, nova frente, rodas, lanternas e traseira, que ficava mais atual, sendo a mudança mais brusca da Kombi em toda a sua jornada. Em 1997 vinha a segunda reestilização, com porta lateral corrediça e finalmente o modelo ganhava porta corrediça e carroceria semelhante aquela conhecida no resto do mundo, embora o teto elevado em 11 cm seja único do modelo brasileiro. Em 2005 ganhava nova frente, a grade dianteira mudava para facilitar a entrada de ar para o radiador.


Em 2007 era lançada a versão de aniversário de 50 anos de produção da Kombi no Brasil. Foram produzidas apenas 50 unidades, talvez a mais colecionável de todas as edições nacionais, seu maior destaque é a sua pintura do tipo "saia e blusa" vermelha e branca, em homenagem a primeira geração da Kombi. E em 2013 foi lançada a série Last Edition, limitada primeiramente a 600 unidades, número que foi dobrado logo depois. Tem a famosa cor de despedida da Volkswagen, o azul claro. Nas laterais também se destacam os adesivos que identificam a série especial "56 anos – Kombi Last Edition'. A "Last Edition", assim como sua irmã mais velha, a edição de 50 anos, ganhou a pintura "saia e blusa" com os tons de azul e branco, homenageando novamente a sua primeira geração, também recebendo outras características e acessórios de época da Kombi de luxo nos anos 50, 60 e 70, tais como pneus com faixa branca, calotas e rodas pintadas de branco.

Kombi 50 anos e Last Edition

Durante os 56 de produção no Brasil e os 60 anos de mercado brasileiro trouxe a Kombi como um dos carros mais velhos do mundo em linha. Suas vendas foram ótimas nestes 60 anos. Na foto abaixo temos a unidade nº1 produzida no Brasil em 1957 e a marca de 1.500.000 Kombi em 2011. Até o fim de linha, a Kombi vende pouco menos de 1.550.000 unidades, número expressivo para um modelo de segmento que não traz muitas vendas. Mesmo após a chegada das rivais na década de 90, como a Fiat Ducato, Citroën Jumper, Peugeot Boxer, Mercedes-Benz Sprinter entre outros, fez a Kombi perder a liderança do segmento, que nos últimos anos vendia quase o dobro da segunda colocada, a Fiat Ducato. A última unidade da Kombi foi produzida às 22 horas de uma quarta-feira, dia 18 de Dezembro de 2013, unidade que foi para o museu da Volkswagen na Alemanha.


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